Será realizada na tarde desta quarta-feira (19), a 2ª audiência de instrução e julgamento do caso de Lucas Veloso Peres, aluno de 27 anos, que morreu durante um treinamento do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, em fevereiro de 2024.
A audiência, prevista para iniciar às 13h, será conduzida pelo juiz Moacir Rogério Tortato, da 11ª Vara Criminal da Justiça Militar.
Caso Lucas Veloso
Lucas participava de um treinamento do Corpo de Bombeiros em Cuiabá, em uma terça-feira, dia 27 de fevereiro, quando morreu. Durante o mergulho na lagoa, ele teria relatado estar sentindo falta de ar, segundo explicação do delegado Nilson Farias na época.
Em depoimento à Polícia Civil, bombeiros que estavam presentes no local, informaram que o aluno tentou se agarrar em um equipamento de apoio, mas acabou perdendo as forças e afundou na água.
Foi então que um capitão que estava presente conseguiu retirar Lucas da água e levá-lo, em um barco, até as margens da lagoa – onde uma manobra de reanimação cardiopulmonar foi feita no aluno.
Ainda em parada cardíaca, como afirma o delegado, Lucas foi encaminhado ao hospital H-Bento, na Capital. Na unidade, equipes médicas ainda tentaram uma nova manobra de reanimação, mas a morte de Lucas foi confirmada.
Família espera justiça
Ao Primeira Página, o pai de Lucas, Cleuvimar Veloso, disse que a família busca por justiça após a 2ª audiência do caso, mesmo sabendo que a vida do filho não será mais restaurada.
“Sabendo que podemos fazer de tudo, o Lucas não volta mais. Mas que seja feita justiça para deixar de exemplo. Para que isso não aconteça mais”, disse o pai.

Bombeiros denunciados
Dois bombeiros acusados de envolvimento na morte do aluno do curso de formação, Lucas Veloso, foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), em maio do ano passado.
O MPMT pediu indenização de mais de R$ 1 milhão em danos causados para os familiares da vítima.
Segundo a denúncia, o capitão Daniel Alves de Moura e Silva comandava a atividade prática de instrução de salvamento aquático e o soldado Kayk Gomes dos Santos atuava como monitor.
A atividade consistia nos alunos correrem por um quilômetro para depois atravessarem a Lagoa Trevisan.
O Corpo de Bombeiros não quis se manifestar sobre a denúncia, na época.
Já a defesa do capitão Daniel Alves, por meio de nota, afirmou que ele estava sendo acusado de “crime que não cometera, não havendo qualquer prova de que tenha agido com dolo, ainda que eventual, contra o aluno soldado Lucas Veloso, conforme as provas colhidas no Inquérito Policial Militar, bem como as que serão confrontadas no âmbito judicial”.
A defesa do soldado Kayk Gomes informou que não teve acesso aos autos e que o cliente não foi citado. Dessa forma, não vai se manifestar no momento.
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