O motorista de uma caminhonete Amarok foi indiciado pela Polícia Civil de Mato Grosso pelo crime de homicídio doloso pela morte de quatro pessoas, entre elas a defensora pública Safira Vanessa Carneiro Costa, de 26 anos.
A investigação concluiu que o condutor assumiu o risco de causar o acidente ao invadir a pista contrária sem qualquer justificativa plausível.
A colisão ocorreu no dia 1º de agosto de 2024, na BR-158, no município de Ribeirão Cascalheira, a 893 km de Cuiabá, e resultou na morte de todos os ocupantes do Hyundai Creta, onde estavam Safira e seus pais. No veículo do investigado, uma passageira também morreu no local.
A Delegacia de Polícia de Ribeirão Cascalheira, responsável pelo caso, contou com o apoio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para analisar as condições da rodovia e os detalhes da colisão.
Os laudos periciais indicaram que não havia qualquer obstáculo na pista que pudesse justificar a invasão da faixa contrária pelo motorista da Amarok.
Além disso, os peritos concluíram que a sinalização da rodovia estava em conformidade e que as condições climáticas eram favoráveis, sem fatores como chuva, neblina ou falhas estruturais que pudessem comprometer a visibilidade ou a segurança da via.
Diante dessas conclusões, a Polícia Civil determinou que o condutor da caminhonete dirigia de maneira imprudente, desconsiderando as normas de segurança no trânsito, o que resultou na tragédia.
O inquérito policial foi encaminhado ao Ministério Público, que analisará as provas e decidirá os próximos passos do processo. O motorista poderá responder pelo crime de homicídio doloso, cuja pena pode variar de 6 a 20 anos de prisão, caso seja condenado.
Segundo o delegado Diogo Jobane, responsável pela investigação, o acidente causou grande comoção e reforça a importância da conscientização sobre a responsabilidade no trânsito. Ele destacou que o respeito às normas de condução é essencial para evitar tragédias como essa.
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