Em Mato Grosso, os golpes cibernéticos têm se intensificado nos últimos anos, com um aumento de 66,7% nas queixas registradas entre 2020 e 2024. No total, 93.577 mato-grossenses buscaram ajuda da polícia devido a fraudes financeiras nesse período, o que representa uma média de 51 vítimas por dia. Somente em 2024, foram formalizadas 23.121 queixas, e, no início de 2025, já foram registrados 2.114 casos.
Os golpes mais comuns incluem fraudes em redes sociais, compras online, clonagem de cartões bancários, transações financeiras sem autorização e cobranças indevidas. Um exemplo recente é o de Adriana Aparecida Silva, de 35 anos, que perdeu quase R$ 5 mil após cair em um golpe bancário. Ela acreditou estar conversando com um funcionário do banco e seguiu orientações falsas para evitar um suposto golpe, apenas para descobrir que estava pagando um boleto falso.
Em resposta ao crescente problema, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e o Ministério da Justiça lançaram, na semana passada, uma força-tarefa nacional para combater os golpes. A iniciativa inclui campanhas de conscientização e novas estratégias de repressão, com apoio das forças de segurança.
Além disso, em março, ocorrerá em São Paulo o 2º Congresso de Prevenção e Repressão a Fraudes, Segurança Cibernética e Bancária, reunindo autoridades da Polícia Federal, Interpol e representantes de bancos, com transmissão ao vivo para quem se inscrever. Entre os temas debatidos, estarão o uso de Inteligência Artificial na prevenção de fraudes e novas tecnologias para combater crimes transnacionais e fortalecer a segurança bancária.