Montagem | Estadão Mato Grosso
Suspeita de ter matado uma adolescente grávida, Nataly Helen Martins Pereira disse a uma amiga que pagaria R$ 5 mil por uma mulher grávida. Uma amiga de Nataly contou a versão aos jornalistas na porta da delegacia. A suspeita foi presa na noite desta quarta-feira, 12 de março, após tentar registrar uma bebê alegando que deu à luz em casa. Na manhã desta quinta-feira (13), a adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, que estava grávida de nove meses, foi encontrada enterrada em uma cova no quintal de uma casa no Jardim Florianópolis, em Cuiabá.
A amiga de Nataly revelou que ela tem um “jeito sem noção”.
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“Ouvi relatos de gente falando que ela estava querendo uma criança. Uma vez, ela chegou em mim e disse indiretamente que queria uma criança… e ela queria uma criança. Ela chegou a me oferecer dinheiro, R$ 5 mil. Eu achei que ela estava brincando porque a Nataly tem o jeito dela sem noção”, falou a amiga de Nataly.
Outra amiga da suspeita disse que Nataly contou a ela que perdeu um bebê em agosto de 2024 e, desde então, buscava mulheres grávidas que quisessem doar o filho. A mulher contou ao Programa do Pop que Nataly não poderia mais ter filhos, exibindo um print da conversa.
Enquanto a reportagem era exibida no Programa do Pop, outras mulheres grávidas enviavam mensagens dizendo que também conversaram com Nataly, que sempre prometia doações de roupas e outras benfeitorias.
SOBRE O CASO
Emilly Azevedo Sena, 16 anos, estava grávida de 9 meses quando desapareceu na quarta-feira, 12 de março, após sair do Jardim Eldorado, em Várzea Grande, para buscar um suposto enxoval de bebê no Jardim Florianópolis, em Cuiabá, a cerca de 24 quilômetros de distância. O casal Christian Albino Cebalho de Arruda e Nataly Helen Martins Pereira atraiu a jovem com a promessa de doação de roupas para o bebê.
Na noite do mesmo dia, Christian e Nataly foram presos em flagrante ao tentarem registrar uma recém-nascida em um hospital de Cuiabá, alegando que o parto havia ocorrido em casa. Porém, exames médicos apontaram que a mulher não apresentava sinais de puerpério. Testes de DNA ainda devem confirmar se a criança encontrada com os suspeitos é filha da vítima.
O corpo de Emilly foi encontrado na manhã desta quinta-feira, 13, enterrado no quintal da residência do casal, onde foi deixada pelo motorista de aplicativo no dia anterior.
A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso, que aponta para um possível crime de feminicídio, subtração de recém-nascido e ocultação de cadáver.