O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, por unanimidade, nesta quarta-feira (14), a deputada Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.
Todos os cinco ministros do colegiado — Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia — votaram pela condenação. O julgamento foi realizado de forma virtual e começou no dia 9 de maio.
Além da pena de prisão, Zambelli foi condenada à perda do mandato (após esgotados os recursos) e ao pagamento de R$ 2 milhões por danos morais coletivos. O valor será dividido com o hacker Walter Delgatti, réu confesso e condenado a 8 anos e 3 meses no mesmo processo.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli foi a mandante da invasão, que tinha como objetivo forjar um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Delgatti executou a ação e confirmou ter agido sob orientação da parlamentar.
A defesa de Zambelli criticou o julgamento virtual e afirmou que a condenação é injusta e sem provas conclusivas.
A deputada também responde a outro processo no STF, relacionado ao episódio em que sacou uma arma e perseguiu o jornalista Luan Araújo, em São Paulo, em 2022, durante o segundo turno das eleições. Neste caso, o placar está 6 a 0 pela condenação a 5 anos e 3 meses de prisão, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Nunes Marques.
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STF forma maioria para perda de mandato e prisão de Carla Zambelli
