Parlamentares federais de Mato Grosso aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiram neste sábado (22.11), horas após a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes (STF). Em publicações nas redes sociais, eles afirmaram que a decisão tem motivação política, repetiram críticas às investigações do 8 de janeiro e defenderam o ex-presidente.
A deputada Coronel Fernanda (PL) chamou a prisão de “abuso” e disse que a medida contraria a lógica jurídica. Em postagem, afirmou que prender preventivamente “alguém que já cumpre domiciliar e está fragilizado” caracteriza perseguição, e criticou o fato de a decisão ter sido tomada no sábado, “com o Congresso parado”. Segundo ela, a Justiça estaria sendo “distorcida”.
O deputado Nelson Barbudo (PL) também reagiu, dizendo que Bolsonaro é alvo de uma “ferida aberta na nossa democracia”. Ele afirmou que milhões de brasileiros estariam ao lado do ex-presidente e comparou o caso às condenações de participantes dos atos do 8 de janeiro. O parlamentar prometeu não se calar e disse que seguirá “lutando pela democracia e pelo direito de cada brasileiro ser tratado com dignidade”.
Já o deputado Coronel Assis (PL) classificou a prisão como “ataque direto à democracia e à vontade do povo brasileiro”. Em sua avaliação, o processo seria “nulo” e marcado por contradições e abusos. Segundo ele, o episódio inaugura uma fase de resistência “unida, consciente e impossível de ser intimidada”.
Outros parlamentares da bancada também manifestaram apoio ao ex-presidente, entre eles Rodrigo Zaeli (PL) e José Medeiros (PL), que divulgaram mensagens nas redes sociais contra a decisão do STF.
No Senado, o aliado mais próximo de Bolsonaro no estado, Wellington Fagundes (PL), afirmou que o país vive um momento de defesa da democracia e da liberdade. Para ele, a reação deve ser de união e rejeição ao que chamou de “autoritarismo disfarçado de decisão jurídica”. O senador declarou apoio explícito a Bolsonaro e disse que o Brasil “segue firme pela democracia e pelo futuro da nação”.
Os parlamentares não comentaram os fundamentos da decisão judicial, que aponta risco de obstrução de Justiça e possível influência do ex-presidente sobre investigados no caso.