Em uma noite histórica para o cinema brasileiro, o longa “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, conquistou o prêmio de Melhor Filme Internacional na 97ª edição do Oscar. O filme, que emocionou o público mundial, superou grandes produções de países como França, Irã, Irlanda e Letônia, e marcou uma nova era para o cinema brasileiro no cenário internacional.
Com uma narrativa que mistura drama e elementos da cultura brasileira, “Ainda Estou Aqui” encantou a crítica e o público por sua profundidade emocional e representação única das complexidades sociais e culturais do Brasil contemporâneo. O filme aborda temas como identidade, resistência e a busca por pertencimento, utilizando a história de seus personagens para tocar questões universais.
Walter Salles, consagrado por obras como “Central do Brasil”, subiu ao palco emocionado para receber a estatueta e dedicar a vitória aos profissionais de cinema brasileiros e a todos aqueles que lutam pela arte em um país onde a produção cultural, muitas vezes, enfrenta desafios estruturais. Em seu discurso, o diretor destacou a importância da arte como um meio de resistência e afirmou que este prêmio representa uma vitória não apenas para sua equipe, mas para todos os brasileiros que acreditam na potência do cinema.
“Ainda Estou Aqui” competia com produções altamente aclamadas de países como a França, com o delicado drama “O Último Adeus”, o Irã, com “Raiz do Silêncio”, a Irlanda, com “Além da Fronteira”, e a Letônia, com “No Labirinto do Destino”. Cada um desses filmes trazia uma proposta única e culturalmente rica, mas a obra de Salles se destacou por sua narrativa visceral e por seu caráter genuinamente global, tocando em temas que ressoam com públicos de diferentes partes do mundo.