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“Bateau Mouche“: relembre tragédia marítima que inspira novo documentário

A nova série documental “Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça”, baseada em uma tragédia real, estreia na plataforma de streaming Max nesta terça-feira (18). Ao todo, serão três episódios lançados toda terça-feira, às 21h.

A série investigará em detalhes uma das maiores tragédias marítimas da história do Brasil, ocorrida na noite de Réveillon de 1988, durante um passeio de luxo na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

Dentre 55 mortes causadas pelo acontecimento, está a morte da atriz Yara Amaral (“Fera Radical”, “Anos Dourados”).

Relembre a tragédia marítima do Bateau Mouche

Na virada de 1988 para 1989 alguns eventos promovidos para celebrar o novo ano consistiam em jantares luxuosos em embarcações que percorriam a praia do Rio.

Um deles foi promovido no Bateau Mouche IV, embarcação que acabou acomodando mais pessoas do que comportava e que possuía diversas irregularidades. Dos 142 presentes, 55 morreram na tragédia.

A embarcação chegou a ser interceptada pela Capitania dos Portos, onde passou por fiscalização às 22h. Houve a contagem de passageiros, porém, poucos minutos depois, foi liberada rumo à praia de Copacabana.

Às 23h50, o barco afundou entre a Ilha de Cotunduba e o Morro da Urca. Os momentos de pânico entre os que tentavam sobreviver duraram por bons minutos, até duas embarcações avistarem o acontecimento e pararem para resgatar o maior número de pessoas que conseguiram.

O caso se tornou um símbolo da impunidade no país. Décadas depois da tragédia, nenhum dos envolvidos está preso e apenas uma família recebeu indenização.

Investigações que se seguiram nos anos seguintes mostravam que o Bateau Mouche IV estava, além de em estado de superlotação, em mau estado de conservação, com  entrada de água do mar através de escotilhas abertas e dos banheiros do convés inferior, uma camada de cimento no convés superior colocada de forma inadequada e distribuição inadequada de mesas, cadeiras e pranchões que não estavam fixos.

Filmada no Rio de Janeiro, a produção revisita o impacto do naufrágio por meio de imagens de arquivo e mais de 30 entrevistas exclusivas com sobreviventes, familiares das vítimas, advogados, especialistas e pescadores envolvidos no resgate. Entre os depoimentos inéditos, estão os relatos de Fátima Bernardes, Malu Mader e Bernardo Amaral, filho de Yara Amaral.

A produção também traz recriações detalhadas, realizadas tanto no mar quanto em um tanque projetado, com 40 metros de comprimento, 30 de largura e até 25 de profundidade.

Assista ao trailer de “Bateau Mouche: O Naufrágio da Justiça”

Investigação sobre morte de Matthew Perry vira documentário

 

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