Com variações para cima e para baixo ao longo do mês de outubro, a cesta básica em Cuiabá encerrou a última semana com alta no preço, registrando crescimento de 0,76% sobre a semana anterior e chegando a custar, em média, R$ 794,70. A alta observada na pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) contribuiu para deixar o mantimento 0,16% mais caro que o observado no mesmo período do ano passado.
Ao avaliar o resultado da cesta básica em outubro, o presidente da Fecomércio-MT, Wenceslau Júnior, afirmou que os dados apontam para um cenário de estabilidade nos preços dos alimentos. “A cesta básica de Cuiabá encerrou outubro com leve alta, ficando em um patamar muito próximo ao da média observada em 2024, indicando uma estabilidade no ritmo de aumento de preço dos alimentos, em que as variações de preços entre os diferentes produtos têm se compensado ao longo das últimas semanas”.
O item que mais colaborou para o aumento semanal foi o tomate, que apresentou alta de 13,23%, elevando o preço do produto para R$ 5,96/kg, em média. Segundo relatório do IPF-MT, as temperaturas mais amenas e o período de entressafra em algumas regiões produtoras podem ter contribuído para a menor oferta do fruto, provocando aumento em algumas localidades.
Em contrapartida, o valor do arroz – em sua terceira queda consecutiva – apresentou variação de -6,57% em relação à semana anterior, atingindo valor médio de R$ 4,89/kg. A baixa pode ter relação com as últimas safras “superprodutivas”, que pressionaram a redução de preços frente à oferta excessiva do cereal.
Outro item que variou para cima foi a banana, com alta de 2,51%. Custando, em média, R$ 9,02/kg, a variação pode estar relacionada às condições climáticas das últimas semanas, que retardaram o processo de maturação e diminuíram a quantidade de fruta disponível no mercado. Mesmo assim, o custo atual está 13,80% menor na comparação anual.
Entre os produtos com maiores variações de preço, apenas o tomate segue com valor superior no comparativo anual, de 9,86%. Já o arroz e a banana apresentam preços inferiores, de 32,17% e 13,80%, respectivamente.
Segundo Wenceslau Júnior, o movimento recente dos itens que compõem a cesta básica está fortemente ligado à sazonalidade agrícola e às condições climáticas:
“O comportamento recente da cesta básica reflete a forte influência da sazonalidade agrícola sobre os preços, com exemplos de queda ou excesso de oferta gerados pela produtividade da safra ou pelas variações climáticas. Outro fato relevante é a estabilidade anual, que fortalece a tendência de menor influência dos alimentos sobre a inflação”.
