CNJ
O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell, que pediu explicações sore o benefício no TJMT
O comando do Tribunal de Justiça de Mato Grosso tem 15 dias – a contar desta quarta-feira (19) – para informar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o polêmico “vale-peru”, benefício natalino pago aos servidores do TJMT, no fim do ano passado,.
O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell, determinou que o TJMT comprove a devolução de R$ 8 mil do auxílio-alimentação de dezembro passado pelos 322 magistrados do jJdiciário mato-grossense.
O benefício, que ficou conhecido como “vale-peru”, causou grande polêmica pelo alto valor e, ainda em dezembro, o CNJ ordenou o recolhimento.
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A informação consta no documento encaminhado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ao ministro Cristiano Zanin, que julga uma ação proposta por Pedro Daniel Valim Fim, presidente do Observatório Social de Mato Grosso, que solicitava a suspensão do pagamento.
A polêmica do que ficou conhecido como “vale-peru” ocorreu após a corte estadual pagar R$ 10.055 mil, em dezembro passado, de auxílio-alimentação.
A bonificação foi dada pela ex-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Clarice Claudino.
Porém, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu suspender e solicitou a devolução do valor, após a repercussão negativa.
Diante da decisão, o TJ mato-grossense determinou que os magistrados devolvessem o valor a mais do benefício, já que o auxílio era na época R$ 2 mil.
O Judiciário informou que o recolhimento dos magistrados ocorreu ainda na folha de janeiro.
Já em relação aos servidores beneficiados, a devolução ocorrerá de maneira parcelada em 18 vezes. O primeiro desconto ocorrerá neste mês.
No mesmo ofício, Mauro Campbell solicita mais informações sobre o processo de devolução dos servidores, além de aceitar o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso (Sinjusmat) para acompanhar o processo da devolução.
A polêmica do “vale-peru” ganhou repercussão nacional e acabou ofuscando o fim do mandato de Clarice Claudino no comando da Corte Estadual.
Ela determinou o pagamento do benefício com o valor de mais de R$ 10 mil, em caráter exclusivo para o mês de dezembro.
Atualmente, o valor do “penduricalho” está em R$ 2.055,00.
Essa não foi a primeira vez que a ex-presidente do TJMT concedeu a “bonificação” natalina.
Em 2023, ela também contemplou todos com um auxílio de R$ 6.9 mil, ou seja, cerca de R$ 3 mil a menos do que o atual.
Com informações de Pablo Rodrigo, da Gazeta Digital