O deputado federal Coronel Assis (União) usou a tribuna nesta terça-feira (11), para revelar o descaso do governo federal com os pacientes renais e criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo atraso de repasses essenciais para as clínicas de diálises no Brasil.
De acordo com Assis, cerca de R$ 400 milhões estão retidos, prejudicando diretamente mais de 700 clínicas conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).
“O governo do presidente do PT e o governo do presidente Lula brincam com o povo brasileiro. Só para ter uma ideia, o governo Lula atrasa cerca de R$ 400 milhões em repasses e prejudica pacientes renais em todo o país”, afirmou o Coronel, em tom de indignação.
Ele ainda destacou o impacto direto do atraso para os pacientes em tratamento contínuo, que estão sendo prejudicados desde dezembro.
“Senhor presidente [Hugo Motta (Republicanos-PB)], mais de 700 clínicas de diálise conveniadas ao SUS não estão recebendo repasse. Pelo amor de Deus, senhores deputados e deputadas da esquerda, falem com o presidente Lula, falem com o governo do PT, tenham misericórdia das pessoas que precisam fazer a diálise”, suplicou Assis.
O Coronel finalizou seu apelo afirmando que o atraso nos repasses é um “atentado contra o povo brasileiro”, especialmente contra aqueles que dependem da hemodiálise para sobreviver.
“Isso aqui é um atentado contra o povo brasileiro, contra quem mais precisa, quem precisa fazer essa hemodiálise. Isso desde o mês de dezembro. Presidente Lula, governo do PT, tenham piedade do povo brasileiro”, conclamou o parlamentar federal.
ATRSASO PREJUDICIAL:
O atraso do governo federal tem prejudicado diretamente o tratamento de aproximadamente 110 mil pacientes em todo o país. A Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplantes (ABCDT), informou que muitas clínicas dependem quase exclusivamente dos repasses do SUS e operam com uma tabela de valores defasada em cerca de 30% em relação ao custo real da hemodiálise.
O nefrologista Leonardo Barberes, que atualmente é vice-presidente da ABCDT, reclamou da a falta de transparência e afirmou que os gestores das clínicas estão desesperados diante da incerteza do repasse.
