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Denúncia contra Bolsonaro repercute entre aliados de Mato Grosso

Aliados do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, em Mato Grosso, repercutiram nas redes sociais a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), nessa terça-feira (18), que acusa o ex-presidente de liderar uma organização criminosa que tramou um golpe de Estado, em 2022.

Conforme a denúncia, Bolsonaro teria conhecimento sobre um plano para assassinar o presidente Lula (PT) que o derrotou na última eleição presidencial. Além de Lula, o plano seria assassinar o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. 

Os aliados de Bolsonaro em Mato Grosso consideram a denúncia uma “perseguição política” baseada em “narrativa fantasiosa“.

Na denúncia, a PGR atribuiu a Bolsonaro os seguintes crimes:

  • liderança de organização criminosa armada;
  • tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da união;
  • deterioração de patrimônio tombado.

O senador Wellington Fagundes (PL) publicou uma nota pública repudiando a denúncia apresentada. 

Wellington Fagundes volta a ser diagnosticado com diverticulite
Essa é a segunda vez que o político é diagnosticado com a doença. (Foto: Divulgação)

“Trata-se de mais uma clara tentativa de perseguição política, sem qualquer fundamento jurídico sólido, visando criminalizar um líder que sempre atuou em defesa do Brasil e dos brasileiros”, escreveu.

Fagundes ainda atacou a Justiça brasileira afirmando que a “insistência em acusações frágeis e infundadas reforça a instrumentalização de instituições para fins ideológicos”. 

Os deputados federais, Coronel Assis (PL), Nelson Barbudo (PL) e José Medeiros (PL), também apontam perseguição política baseada em uma narrativa fantasiosa. 

Eles ainda alegam que não existem provas e que não houve nenhuma tentativa de golpe. 

“Estão buscando um motivo, que não existe, para prender um adversário político. Agora que todos sabem que Bolsonaro é a escolha do povo para 2026, a esquerda está desesperada para tirá-lo do jogo”, escreveu Barbudo.

“Estamos vivendo dias sombrios. Trata-se de uma clara perseguição política, sem qualquer prova que sustente essas acusações contra o presidente Bolsonaro”, publicou o coronel Assis.

José Medeiros alegou que Bolsonaro não roubou nenhum dinheiro público e que ficou inelegível sem fundamento.

Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro também se manifestam contrários à denúncia da PGR.

Audiência sobre fila do SUS nessa terça-feira (24), na ALMT, em Cuiabá. (Foto: Reprodução)
ALMT em Cuiabá. (Foto: Reprodução)

Gilberto Cattani (PL) considerou que a denúncia é uma “perseguição barata” e “vergonhosa”. 

Próximos passos 

Após a apresentação da PGR, se a denúncia for aceita, Bolsonaro se tornará réu e responderá a um processo penal no STF, podendo ser condenado pelos crimes descritos na acusação.

Ele também pode ser preso, se condenado.

Ao todo, 34 pessoas foram denunciadas.

As provas, segundo a PGR, baseiam-se em manuscritos, arquivos digitais, planilhas e trocas de mensagens.

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