Com a expansão das empresas instaladas em São Gabriel do Oeste – cidade a 124 quilômetros de Campo Grande – e por consequência o aumento da população, uma das principais preocupações do município é suprir a demanda por moradia, por isso, a prefeitura trabalha para construir 100 casas populares por ano.
A afirmação foi feita na manhã desta quinta-feira (23) pelo prefeito Leocir Montagna (PSD), entrevistado do Papo das 7 no Bom Dia MS.
Segundo o prefeito, hoje, o município tem 800 famílias inscritas no CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) à espera da casa própria.
“A gente sabe que não vai atender toda a demanda de imediato. Nós temos o programa de construir pelo menos 100 casas todos os anos, moradia popular. Ontem, inclusive, estivemos AGEHAB (Agência de Habitação Popular do Estado de Mato Grosso do Sul) falando com a diretora-presidente Maria do Carmo”.
Leocir Montagna
Para suprir o resto da demanda, o município ainda busca outros meios. Hoje, 224 apartamentos são construídos na cidade, fruto de uma parceria público-privada, e mais 50 casas já foram selecionadas no governo federal e devem ser licitadas nos próximos meses.
Além disso, a intenção, de acordo com o prefeito, é viabilizar financiamentos à população das casas construídas pela iniciativa privada, com contrapartida do estado e do município.
Aumento das taxas?
Leocir Montagna explicou que nos próximos seis meses as taxas de água, esgoto, iluminação pública e de lixo devem ser reanalisadas.
Isso porque a cidade deve passar por uma ampliação da estação de tratamento de esgoto, que não comporta mais a demanda atual, e também por investimentos em outros valores. O mesmo deve ocorrer com o serviço de coleta de lixo de São Gabriel, que hoje já é automatizado.
“A estação de tratamento de esgoto está no limite, ela foi planejada para até 25 mil habitantes, nós já somos 30 mil. Então, precisamos buscar a construção de uma nova estação, isso é um objetivo nosso. Quantas às taxas, nós vamos fazer um estudo no decorrer dos próximos meses para ver realmente a possibilidade de reajuste, nós vamos fazer investimentos altos, né? Então, nós vamos rever sim as taxas, mas especialmente temos que oferecer serviços de qualidade”.
Leocir Montagna
Apesar da afirmação, o prefeito garantiu que a intenção é que o estudo possibilite reduções ou, pelo menos, mantenha os valores atuais. “A gente está trabalhando para prestar o serviço de qualidade, mas sem explorar o contribuinte”.