O cessar-fogo Hamas-Israel foi quebrado nesta terça-feira (18), quando Israel retomou os ataques em Gaza, que mataram e feriram centenas de pessoas.
A primeira fase do cessar-fogo começou em janeiro e viu vários reféns serem liberados. Mas chegou ao prazo final em 1º de março, com Israel e Hamas divididos sobre o que fazer a partir daí.
As semanas desde então foram cheias de negociações.
O Hamas queria ver uma mudança para a fase dois, previamente acordada, onde as tropas israelenses se retirarem totalmente de Gaza e todos os reféns vivos mantidos pelo Hamas fossem libertados.
Israel, em vez disso, pressionou por uma extensão da fase um, sem se comprometer a encerrar a guerra ou retirar as tropas.
Na semana passada, os EUA apresentaram uma nova proposta que garantiria a libertação de reféns vivos mantidos pelo Hamas em troca de uma extensão de um mês do cessar-fogo.
Israel também suspenderia seu bloqueio de ajuda humanitária em Gaza, que está em andamento há quase duas semanas, disse uma fonte familiarizada com as negociações à CNN na semana passada.
Na sexta-feira (14), o Hamas disse que estava preparado para libertar o soldado americano-israelense, Edan Alexander, e os corpos de quatro cidadãos de dupla nacionalidade mantidos como reféns em Gaza.
Mas Israel alegou que o Hamas havia rejeitado a proposta, apresentada pelo enviado dos EUA, Steve Witkoff, sem um compromisso de Israel para um cessar-fogo permanente.
Ele repetiu essa alegação quando os ataques a Gaza começaram, com o ministro da Defesa, Israel Katz, e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, culpando a “recusa do Hamas em libertar os reféns” como o motivo para retomar a luta.
“Não vamos parar de lutar até que todos os reféns retornem para casa e todos os objetivos da guerra sejam alcançados”
Israel Katz, ministro da Defesa de Israel
O Hamas respondeu que Israel havia anulado o acordo de cessar-fogo, “colocando os cativos em Gaza em risco de um destino desconhecido”.