Escolas integrais em MT superam ensino regular no Enem

Em Mato Grosso, estudantes de escolas estaduais em tempo integral tiveram, em média, 27 pontos a mais no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) do que colegas do ensino regular, segundo dados da Secretaria de Estado de Educação. O resultado também foi superior ao de alunos de unidades parcialmente integrais, reforçando os efeitos do modelo na preparação para a prova.

Um exemplo desse resultado é o ex-aluno da rede estadual Carlos Meira, que conquistou a Medalha do Prêmio MEC Educação Brasileira 2025, na categoria Enem, após tirar 980 pontos na redação. Para ele, o tempo integral foi decisivo. “Por eu passar o dia todo com os professores, por ter essa rede de apoio, uma assistência pedagógica muito boa, as orientadoras, tudo o que a gente precisava, elas eram atentas”, contou.

A modalidade de ensino integral é o que une Carlos aos alunos da Escola Estadual Governador Fragelli, que funciona dentro da Arena Pantanal em Cuiabá.

“Eu acho que ele dá mais oportunidades para a gente, tanto nas questões científicas quanto nas questões acadêmicas, e nas questões esportivas. Então acho que isso impacta diretamente na nossa vida, eu acho que quando sairmos para o mercado de trabalho, vamos ter um currículo bem extenso”, Alexandre Gabriel, que atualmente cursa o 3º ano. 

Lia Rolnik, diretora do Instituto Sonho Grande, explicou que os alunos que estudaram na modalidade integral tiveram maiores oportunidades no mercado de trabalho.

“A gente vê que os alunos que possuem estudo integral quando saem para o mercado de trabalho têm salários maiores, eles trabalham em setores de mais alta qualificação e as mulheres estão mais presentes no mercado de trabalho depois do ensino integral. Então ele tem benefícios que vão além dos resultados educacionais”, explicou a diretora do Instituto Sonho Grande, Lia Rolnik. 

As provas do Enem deste ano vão ser realizadas nos dias 9 e 16 de novembro de 2025. Mato Grosso tem mais de 80 mil inscritos, aumento de quase 19% se comparado com o ano passado, segundo o Ministério da Educação.