O Departamento de Assuntos de Veteranos (VA) dos Estados Unidos está encerrando sua política de fornecer tratamento médico para disforia de gênero após uma ordem executiva do presidente Donald Trump, conforme um comunicado divulgado nesta segunda-feira (17).
“Toda e qualquer economia que o VA conseguir ao interromper tratamentos médicos específicos para disforia de gênero será redirecionada para ajudar beneficiários do VA gravemente feridos – como veteranos paralisados e amputados – a recuperar sua independência”, afirmou o departamento.
Ainda segundo o comunciado, há algumas exceções, incluindo veteranos que já estão recebendo esse tipo de cuidado de afirmação de gênero do VA.
“Todos os veteranos qualificados – incluindo veteranos transidentificados – sempre serão bem-vindos no VA e sempre receberão os benefícios e serviços que ganharam sob a lei. Mas se os veteranos quiserem tentar mudar de sexo, eles podem fazer isso com seu próprio dinheiro”, disse o secretário de Assuntos de Veteranos, Doug Collins.
O VA afirmou que ofereceu cuidados, incluindo terapia hormonal, treinamento de voz e próteses para aqueles com disforia de gênero. No entanto, a agência disse que “não manteve registros consistentes e confiáveis” sobre quantos veteranos usaram esses serviços ou quanto dinheiro eles custaram.
Trump assinou a ordem executiva, intitulada “Defendendo as mulheres do extremismo da ideologia de gênero e restaurando a verdade biológica ao governo federal”, em 20 de janeiro.
A ordem afirma que é política dos Estados Unidos “reconhecer dois sexos, masculino e feminino” e instrui as agências a remover todas as declarações que digam o contrário.
O deputado democrata Mark Takano, membro graduado do Comitê de Assuntos de Veteranos da Câmara, atacou a medida, dizendo que “isso não é corte de custos, é crueldade”. Ele disse em uma declaração à CNN que os veteranos “merecem acesso aos cuidados médicos que seus provedores consideram apropriados”.
“O secretário Doug Collins está restringindo unilateralmente os cuidados médicos para veteranos transgêneros, ignorando o julgamento clínico dos provedores do VA que prescreveram esses cuidados e a experiência de todas as principais associações médicas nos Estados Unidos que apoiam esses cuidados”, disse ele.