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governo publica medida provisória para evitar aumento de tarifas

Em resposta à crescente preocupação com o aumento no custo da energia elétrica, o governo federal publicou nesta sexta-feira (11) uma medida provisória (MP) que busca mitigar os efeitos financeiros provocados pela derrubada de vetos à chamada Lei das Eólicas Offshore. O objetivo principal da medida é estabelecer um limite para os subsídios pagos por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo que financia políticas públicas do setor.

Medida Provisória busca conter efeitos de mudanças na lei do setor elétrico. (Foto: Zap Catalão)

Com a rejeição dos vetos pelo Congresso Nacional, a estimativa é de que os encargos da CDE — atualmente repassados em grande parte aos consumidores — aumentem significativamente nos próximos anos. Para evitar esse impacto, a medida define um teto de gastos para a CDE a partir de 2026. A partir de 2027, qualquer valor que ultrapasse esse limite será pago pelas próprias empresas beneficiadas pelos subsídios, como geradoras, distribuidoras e comercializadoras de energia.

O excedente será cobrado por meio de um novo encargo, chamado Encargo de Complemento de Recursos (ECR), que será implementado de forma gradual: metade do valor será cobrada em 2027 e a totalidade a partir de 2028. Programas sociais como o Luz para Todos e a Tarifa Social de Energia Elétrica, voltados à população de baixa renda, estarão isentos do novo encargo.

Leia também – Energia mais cara em MT? Proposta prevê aumento na conta de luz

Além da reestruturação dos subsídios, a medida também altera dispositivos que obrigavam o governo a contratar usinas termelétricas, mesmo sem necessidade comprovada. Essas contratações compulsórias, incluídas na Lei das Eólicas Offshore, poderiam elevar os custos da energia em até R$ 35 bilhões por ano, além de comprometer a sustentabilidade da matriz energética brasileira com fontes mais poluentes.

Em substituição às termelétricas, a MP autoriza a contratação de até 3 gigawatts (GW) em pequenas centrais hidrelétricas (PCH), por meio de leilões que devem ocorrer até o início de 2026. As novas unidades começarão a operar de forma escalonada a partir de 2032. Um volume adicional de até 1,9 GW poderá ser contratado, desde que haja justificativa técnica e econômica avaliada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Outro ponto relevante da medida provisória é a nova regulamentação sobre o uso do gás natural sob gestão da União. O CNPE passa a ter competência para definir condições de acesso e preços para o uso da infraestrutura operada pela PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.). A medida visa reduzir o preço do gás para a indústria nacional, estimulando setores estratégicos como fertilizantes e siderurgia.

Com a nova MP, o governo busca equilibrar a necessidade de manter a energia acessível à população, garantir previsibilidade aos investimentos no setor elétrico e preservar o caráter limpo da matriz energética nacional. A expectativa é que as mudanças ajudem a conter pressões inflacionárias sobre a conta de luz e a fortalecer o planejamento energético do país.

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