Seja Bem Vindo - 12/03/2025 16:30

  • Home
  • Economia e Agro
  • Importação de etanol dos EUA gera preocupação no Brasil, diz presidente da Unem

Importação de etanol dos EUA gera preocupação no Brasil, diz presidente da Unem

A importação de etanol dos Estados Unidos para o Brasil é vista como um assunto que precisa ser acompanhado de perto, segundo o setor sucroenergético.

Além de competir com o produto nacional, o que pode comprometer a indústria, há o receio de que a entrada do etanol americano possa colocar em xeque a política pública da mistura de etanol anidro na gasolina, que deve passar de 27% para 30% nos próximos meses, caso haja um enfraquecimento da indústria brasileira e a eventual saída do produto americano em dado momento.

De acordo com o presidente-executivo da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco, em entrevista ao Direto ao Ponto desta semana, outra preocupação é com o cumprimento da meta de descarbonização do Brasil, uma vez que o país utiliza biomassa na produção do biocombustível, tanto a partir de cana-de-açúcar quanto de milho, enquanto nos Estados Unidos é utilizado gás.

O presidente da Unem destaca que o governo brasileiro é soberano para tomar suas decisões, mas que o setor sucroenergético tem apresentado os impactos que uma entrada do etanol americano pode gerar nos empregos na indústria nacional, na arrecadação de impostos, geração de renda e agregação de valor, sobretudo no etanol de milho que trabalha sobre excedentes exportáveis.

“Temos nos aproximado do governo para entender primeiramente toda a pressão que ele está sofrendo do governo americano, para entender quais são as suas posições e para colocar as nossas preocupações”, diz Nolasco.

Setor do etanol de milho vive momento de maturidade

Hoje, 22% da produção de etanol no Brasil é oriunda do milho e outros grãos, como o sorgo, conforme o presidente-executivo da Unem.

O setor vem crescendo organicamente, seja através das ampliações das indústrias, das biorrefinarias já em operação, e outros novos projetos.

Nolasco frisa, em entrevista ao Canal Rural Mato Grosso, que hoje o setor está mais focado na demanda do que no aumento da produção, visto o cenário de juros altos no país, Selic projetada para 15%, a insegurança em torno da tarifa de importação de etanol zerar e milho caro.

“É o momento do setor se organizar. A mensagem está sendo recalibrada, justamente porque nós temos desafios. É o momento de olharmos agora para a demanda. É lógico que o setor continua crescendo, se desenvolvendo, mas esse recuo é uma maturidade do setor analisando essas variáveis, principalmente a incorporação de oferta mediante a demanda”.

+Confira mais entrevistas do programa Direto ao Ponto

+Confira outras entrevistas do Programa Direto ao Ponto em nossa playlist no YouTube


Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.

Clique aqui para acessar a Fonte da Notícia

VEJA MAIS

Transformações luxuosas e inovadoras marcam a nova Era da única academia boutique em Cuiabá

Reprodução’ Era impensável acreditar que uma academia legitimamente cuiabana poderia sair na frente da região…

Justiça determina que São Paulo se manifeste sobre climatização em escolas

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) deu 10 dias para o estado de…

Dortmund vira contra o Lille e se classifica na Champions League

O Borussia Dortmund está nas quartas de final da Champions League. Nesta quarta-feira (12), a…