Duas jovens de Mato Grosso estão entre as finalistas do Prêmio Chico Vive, que será entregue nesta quinta-feira (23.10), em São Paulo, em homenagem ao seringueiro e ambientalista Chico Mendes. A premiação reconhece projetos de lideranças jovens de todo o país que atuam na preservação dos biomas brasileiros.
No Cerrado, a finalista é Maira Yawalapiti, indígena do Alto Xingu e integrante do Instituto Hiulaya. Inspirada pela mãe, a pajé Mapulu Kamayura, Maira coordena o projeto Casa de Cura Mapulu Kamayura, que une saúde, educação e saberes ancestrais para fortalecer as medicinas tradicionais indígenas e a cultura do Xingu. A iniciativa busca promover o protagonismo indígena e integrar práticas tradicionais à preservação ambiental. Conheça:
Pelo Pantanal, a mato-grossense Camilly Victoria, de Cáceres, concorre com o projeto Inovação, Economia Circular e Construção Sustentável a partir do Lixo Plástico. Estudante de Agronomia, Camilly desenvolve ações que transformam resíduos plásticos em tijolos e pavers resistentes, ao mesmo tempo em que capacita mulheres e jovens das comunidades locais. O projeto conecta preservação ambiental, inclusão social e tecnologia, e já foi reconhecido pelo programa Inova Pantanal. Conheça:
O Prêmio Chico Vive, criado pelo Estúdio Escarlate em parceria com a Plataforma Chico Vive, vai premiar seis projetos, um por bioma, com R$ 50 mil e uma consultoria técnica. Dos mais de 500 inscritos, 18 chegaram à fase final. A cerimônia será apresentada pelo ator Bruno Gagliasso e pela jornalista Aline Midlej no Teatro Cultura Artística, em São Paulo.
Conforme os organizadores, o prêmio propõe uma “convocação” para reconectar a sociedade com a natureza, inspirando-se no legado de Chico Mendes, assassinado em 1988 após liderar a luta pelos povos da floresta e pelas reservas extrativistas na Amazônia. O Governo Federal e o Banco do Brasil estão entre os apoiadores da iniciativa.
Além do Cerrado e do Pantanal, serão premiados representantes da Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa. Cada jovem finalista simboliza, segundo a organização, a “potência e urgência” de seu bioma.