O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reclamou, novamente, do preço dos ovos. Ele ainda afirmou que não encontrou uma explicação para o alimento estar caro e que descobriria “aonde é que teve um ladrão que passou a mão no direito de comer ovo do povo brasileiro”.
A fala ocorreu durante evento em Sorocaba, nesta sexta-feira (14), em que entregou 789 ambulâncias do Serviço Móvel de Urgência (Samu) para mais de 500 municípios brasileiros.
“Alguns dizem para mim: é porque aumentou exportação, porque o dólar está caro. Não. Tudo bem que o cara que vai exportar vai ganhar mais. Mas o que ficou aqui, não tem que subir de preço. Nós só exportamos 0,9%. É menos de 1% dos 59 bilhões de ovos. Por que subiu o ovo? ‘Ah, porque fez muito calor e a galinha diminui os ovos quando ela tem muito calor’. É mentira. Porque calor fez ano passado. No final do ano agora choveu bem, o tempo ficou muito melhor. Então as galinhas não reclamaram. Alguém está sacaneando as galinhas. Nós queremos encontrar quem é o pilantra que aumentou o ovo tanto. Não é possível, gente”, disse o chefe do Executivo.
Para Lula, há “um ladrão que passou a mão no direito de comer ovo do povo brasileiro”.
“O nosso consumo per capita ainda é pouco. O povo brasileiro come em media 260 ovos por ano. É pouco, não dá nem um por dia. Mas sabe qual é a nossa produção de ovo esse ano? Quantos ovos vamos produzir esse ano? 59 bilhões de ovos. Então não tem explicação esse ovo estar caro. Alguém está passando a mão. E nós queremos saber quem é”, afirmou o presidente.
No dia 6 de março, o governo federal anunciou uma série de medidas para tentar conter a alta dos preços. Entre elas, está o anúncio que vai zerar a alíquota de importação de vários alimentos como a carne, café, açúcar, o milho, entre outros.
Recentemente, o presidente defendeu ainda que vai “tomar uma atitude mais drástica” caso as medidas já implementadas não reduzam os preços dos alimentos.
“O preço do café está caro, o ovo, o preço do milho está caro e nós estamos tentando encontrar uma solução. A gente não quer brigar com ninguém, a gente quer solução pacífica sem nada, mas se a gente não encontrar, a gente vai ter que tomar uma atitude mais drástica, porque o que interessa é levar comida barata para a mesa do brasileiro”, disse Lula durante cerimônia de entregas do programa Terra da Gente, em Campo do Meio, Minas Gerais.
Para entrar em vigor, o fim das alíquotas de importação sobre esses produtos ainda precisa ser aprovado pela Câmara de Comércio Exterior (Camex).