Durante sessão na Câmara Municipal nesta terça-feira (18), a mãe de Emilly, assassinada em 13 de março, pediu justiça em nome de sua filha e expressou a dor indescritível que está vivendo. Ela afirmou que continuará lutando por um sistema de justiça mais eficaz e por leis mais rígidas no combate ao feminicídio. Mesmo com dificuldades para expressar seus sentimentos, destacou que sua voz representa muitas outras mães que sofrem a mesma tragédia sem justiça. Os parlamentares presentes ofereceram apoio e se comprometeram a garantir que a justiça seja feita.
“Espero que a justiça seja feita, porque o que fizeram com minha filha não se faz nem com um animal. Que os culpados paguem pelo que fizeram. Isso não pode ficar assim”, disse, emocionada.
Os parlamentares acreditam que a autora do crime não agiu sozinha e que outros envolvidos estão sendo protegidos. O caso segue em investigação, com apoio da Primeira-Dama de Mato Grosso, Virginia Mendes.
*Entenda o caso*
No dia 13, Nataly Helen Martins Pereira e seu marido foram ao Hospital e Maternidade Santa Helena, em Cuiabá, registrar um recém-nascido, alegando que a criança nasceu em casa. A equipe médica desconfiou e chamou a polícia, que prendeu o casal. Exames mostraram que Nataly não estava grávida.
A mãe de Emilly foi ao hospital, onde a criança estava, e tentou ligar para sua filha, mas as chamadas foram recusadas. Emily havia enviado mensagens antes de desaparecer, informando que estava indo para uma corrida de aplicativo.
O delegado Caio Albuquerque informou que o corpo de Emilly foi encontrado em uma cova rasa, com sinais de estrangulamento por fios e cortes no abdômen, provavelmente para retirar o bebê. Indícios apontam que ela tentou se defender antes de ser morta. A causa da morte foi perda de sangue, não asfixia, como inicialmente suspeitado.
A Diretora Metropolitana de Medicina Legal, Alessandra Carvalho Mariano, afirmou que quem fez os cortes tinha conhecimento técnico. Nas redes sociais, Nataly se descreve como bombeira civil e socorrista.