O vereador Felipe Sérgio (PP) protocolou um requerimento na Câmara de Poconé, a 104 km de Cuiabá, nessa terça-feira (13), pedindo esclarecimentos sobre uma denúncia de possível violência contra um aluno com autismo de 8 anos na Escola Municipal Antônio Avelino.
A denúncia de maus-tratos foi feita pela mãe da criança, Jardiny de Jesus Campos Morais.
Conforme a denúncia feita à Polícia Civil pela mãe, no dia 7 de março deste ano, o aluno chegou em casa com hematomas, arranhões nos braços e o uniforme molhado de urina, além de apresentar sinais de abalo emocional.
A mãe suspeita que a agressão partiu de um adulto responsável pela assistência na escola. Ela registrou imagens dos ferimentos e acionou a delegacia, mas afirma que a Secretaria Municipal de Educação não forneceu informações claras sobre o ocorrido, chegando a pedir que a denúncia não fosse formalizada.
Cobrança por respostas
Na Câmara, o vereador cobrou apuração e posicionamento da prefeitura. “Cobrei respostas, e exigi que o Executivo Municipal e a Secretaria de Educação apurem o caso com seriedade, responsabilidade e total transparência”, afirmou.
Na tribuna, Felipe Sérgio reforçou que seu papel é fiscalizar e proteger os direitos da população, especialmente das crianças. “Não estou aqui para acusar. Estou aqui para defender o que é certo”, disse. Ele questionou: “O que aconteceu? Quem era responsável pela integridade dessa criança? Que providências foram tomadas após o ocorrido?”
O parlamentar criticou ainda o que chamou de “silêncio institucional” e destacou que a Câmara não será conivente com a falta de respostas. “Esta Casa de Leis não será cúmplice do silêncio”, declarou.
Fotos do estado em que a criança chegou em casa:



O requerimento do vereador solicitou que a Prefeitura de Poconé e a Secretaria de Educação prestem esclarecimentos formais sobre as medidas adotadas em relação ao caso. A expectativa é que haja um posicionamento dos órgãos responsáveis nos próximos dias.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.
O MPMT (Ministério Público de Mato Grosso), de acordo com o vereador, também acompanha o caso.