O governo de Mato Grosso do Sul já tem como certo que a relicitação da ferrovia Malha Oeste ainda para o primeiro semestre de 2025. Mas para alguns municípios, a expectativa é que o projeto inicial, já aprovado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), ganhe uma obra adicional, o Ramal Ferroviário.
O ramal vai de Campo Grande a Ponta Porã, e passa por Maracaju e Sidrolândia. São 355 quilômetros de trilhos que podem facilitar o escoamento da produção de grãos na região.
Nesta segunda-feira (27), o prefeito de Maracaju, José Marcos Calderan (PSDB), afirmou em entrevista ao Papo das 7, quadro do Bom Dia MS, que a região está confiante da autorização da obra e reforçou a importância para a logística da região.
“Nesses municípios, todos têm esse interesse e parece que reacendeu a chama; parece que vai ser incluído esse ramal na Malho Oeste, o que não seria anteriormente, só que seria Corumbá a Campo Grande. Estamos conseguindo incluir esse ramal de Ponta Porã, Maracaju e Sidrolândia e isso vai dar uma diferença muito grande na logística de transporte, já que nós somos a região mais produtora. Maracaju é o maior produtor de soja e milho do estado, seguido de Ponta Porã, Sidrolândia e Dourados. Então, isso é de extrema importância para nossa região”.
José Marcos Calderan (PSDB)
O projeto principal da Malha Ferroviária tem 1.623 quilômetros de extensão e vai de Mairinque (SP) até Corumbá (MS), passando por Três Lagoas e Campo Grande até chegar ao Pantanal.
A requalificação completa da malha, que a tornaria 100% operacional, foi aprovada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e agora está sob análise do TCU (Tribunal de Contas da União).
Ainda não há data para que a licitação vá a leilão, mas segundo o secretário de meio ambiente, desenvolvimento, ciência, tecnologia e inovação, Jaime Verruck até o meio do ano o governo do estado espera ter novidades sobre o tema.
A expectativa é que o edital de relicitação da Malha Oeste permita um investimento de R$ 18 bilhões em 60 anos.
Inicialmente, o ramal ferroviário de Campo Grande a Ponta Porã estava fora do projeto de concessão da Malha Oeste. Porém, o relatório final da audiência pública, aprovado em dezembro de 2024 pela ANTT, manteve como opcional a exploração do ramal de Ponta Porã, o que pode possibilitar que o governo busque parcerias público-privadas para conseguir tirar a obra do papel.
Enquanto os projetos não são concluídos, a prefeitura de Maracaju investe na manutenção e cascalhamento das estradas vicinais para manter o escoamento de grãos mesmo com as chuvas dessa época do ano.
“Nós tínhamos só uma equipe de trecho para cuidar das estradas vicinais. Hoje, nós temos duas equipes com maquinários novos, então as estradas não serão um problema para a safra”.
José Marcos Calderan (PSDB)