A entrega das alegações finais, do processo processo que investiga o chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado em 2022, deve ser feita nesta segunda-feira (14), pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Essa fase marca o fim da tramitação da ação penal antes do julgamento dos réus, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro.
As alegações finais são o momento em que acusação e defesa apresentam seus últimos argumentos, resumem o processo e se posicionam sobre os fatos, provas e depoimentos colhidos durante a fase de instrução.
O processo tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e será julgado pela Primeira Turma da Corte, em data a ser definida no segundo semestre.
Quem são os acusados
Além de Bolsonaro, fazem parte do núcleo investigado:
- Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin)
- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)
- Augusto Heleno (ex-ministro do GSI)
- Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência)
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
- Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil)
O grupo responde por cinco crimes:
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Tentativa de golpe de Estado
- Participação em organização criminosa armada
- Dano qualificado
- Deterioração de patrimônio tombado
Como funciona esta etapa
A fase das alegações finais é dividida em prazos sucessivos de 15 dias. Primeiro, a PGR apresenta seu parecer. Em seguida, a defesa de Mauro Cid (que fez delação premiada) tem mais 15 dias. Depois, os demais réus também poderão apresentar seus argumentos, no mesmo prazo.
Como o general Braga Netto segue preso, os prazos não são interrompidos pelo recesso do Judiciário, que vai até o final de julho.
Encerrada a fase de alegações finais, o processo estará pronto para julgamento pela Primeira Turma do STF, onde será decidido se os acusados serão condenados ou absolvidos.
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