Seja Bem Vindo - 14/03/2025 04:25

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Planalto tenta encontrar saída diplomática para tarifas de Trump

Um dia depois das tarifas americanas de 25% sobre aço e alumínio passarem a valer, o presidente Lula afirmou que reciprocidade e diálogo são fatores que devem nortear a relação de países.

Em uma publicação no X, o presidente Lula pede diálogo e citou a frase “O Brasil é dos brasileiros.” A mesma já estampada em bonés por governistas, como resposta à aproximação da oposição no Congresso com o governo Trump.

Ao mesmo tempo, o Planalto ainda aposta nas negociações para solucionar a situação. As conversas são lideradas pelo vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, sem prazo para serem encerradas.

A equipe dele vai realizar uma reunião com autoridades americanas nesta sexta-feira (14) para mediar a situação. Nesta quinta-feira (13), Alckmin voltou a repudiar as decisões de Trump.

“Entendemos que o caminho não é olho por olho. Se fizer olho por olho, todo mundo fica cego. O caminho no comércio exterior é ganha-ganha.”, disse o vice-presidente.

A visão do governo é que o foco deve estar no diálogo e que as retaliações não são uma boa opção no momento. A percepção é que criar tarifas contra os americanos também pode prejudicar a economia nacional, especialmente a indústria.

O Planalto acompanha com atenção a movimentação de Trump, que responde a todas as represálias que foram apresentadas até o momento.

Seguindo a escalada na guerra comercial, o republicano ameaçou tarifas de 200% sobre bebidas alcoólicas europeias, como vinho e espumantes, se o bloco europeu insistir na ideia de taxar o uísque americano em 50% a partir de 1º de abril.

Grande parte da produção do destilado está localizada em estados republicanos, como Kentucky e Tennessee. Isso é visto pela Casa Branca como uma tentativa de prejudicar a imagem de Trump nesses locais.

A indústria americana de bebidas pediu à Casa Branca para a disputa tarifária ser encerrada. O conselho de produtoras do setor diz que deseja brindes, e não tarifas.

Diante da indefinição sobre as taxas, ministros e secretários das sete maiores economias do mundo se encontram no Canadá para reuniões do G-7. O grupo irá tratar sobre os tributos, ainda que Canadá e Estados Unidos não deem sinais de que vão recuar.

“Olha, nós fomos enganados por anos e não vamos mais ser enganados. Não, eu não vou ceder nem um pouco. Alumínio, aço ou carros. Nós não vamos ceder. Fomos enganados como país por muitos, muitos anos.”, afirmou Trump.

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