A suspensão das obras de retadulamento no Portão do Inferno, na MT-251, estrada que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, levou o prefeito Osmar Froner (União), a recorrer à Assembleia Legislativa (ALMT) para buscar meios de garantir o abastecimento da cidade e minimizar os impactos econômicos causados pelo bloqueio da principal via de acesso ao município.
No documento, o prefeito solicita ao Legislativo que interceda junto ao Governo do Estado e à Secretaria de Infraestrutura (Sinfra-MT) em três frentes principais:
- a liberação do tráfego de veículos de até 9 toneladas no trecho interditado da MT-251
- a permissão para veículos de até 48 toneladas na MT-246 (Água Fria – Manso),
- a revisão da restrição de carga na MT-251 entre Chapada, Mirante e Campo Verde, que hoje limita o trânsito a 14 toneladas.
Segundo Froner, as propostas são fundamentais para evitar o desabastecimento da população, reduzir os custos com transporte e dar suporte ao setor produtivo da região. “Essa paralisação pegou todos de surpresa e trouxe uma série de dificuldades. Por isso, levamos essas propostas diretamente ao deputado Max Russi, que se comprometeu a ajudar”, afirmou.
O prefeito explicou que, no caso do Portão do Inferno, o laudo técnico da Uniselva atesta que o trecho suporta até 12 toneladas, o que justificaria a ampliação da capacidade de carga dos atuais 6 para 9 toneladas, viabilizando a passagem de veículos essenciais, como caminhões com hortifrutigranjeiros, óleo e materiais de abastecimento.
A MT-246, segundo Froner, apresenta boas condições de tráfego neste período de seca e poderia ser usada com mais intensidade, desde que seja autorizada a circulação de veículos com até 48 toneladas. Ele ressaltou que o alto custo do frete vindo de outras rotas, como de Nobres, tem afetado negativamente o setor produtivo da região.
O terceiro pedido é a revisão da portaria que limita o tráfego de cargas pesadas no trecho urbano da MT-251. O prefeito argumenta que a medida isola comunidades rurais como o Distrito do Rio da Casca, prejudicando o escoamento da produção local.
Por sua vez, o presidente da ALMT, deputado Max Russi, cobrou uma resposta rápida do Governo do Estado. Em entrevista, Russi demonstrou insatisfação com a condução da obra e reforçou a necessidade de soluções imediatas para o problema no Portão do Inferno.
-
Diferenças geológicas afetam obras no Portão do Inferno e novo estudo é realizado
-
UFMT alertou para erro técnico em obra de retaludamento no Portão do Inferno
-
Vereadores de Chapada cobram agilidade nas obras do Portão do Inferno