A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) de Mato Grosso deflagrou 127 operações de combate a crimes ambientais e desmatamento ilegal no primeiro semestre deste ano. As ações, realizadas no âmbito da Operação Amazônia, resultaram na aplicação de cerca de R$ 1,3 bilhão em multas nos três biomas presentes no estado: Amazônia, Cerrado e Pantanal.
O balanço foi apresentado pela Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento (GPFCD) e mostra que, entre janeiro e junho, foram lavrados 1.708 autos de infração e 1.308 termos de embargo. As áreas embargadas somam 110,44 mil hectares, sendo 12,43 mil hectares embargados por desmatamento ilegal. No período, 1.655 alertas de desmate foram atendidos pelas equipes de fiscalização.
A maior parte das autuações ocorreu com fiscalização in loco: 76% das multas foram aplicadas presencialmente e 24% de forma remota. Do total arrecadado, R$ 1,2 bilhão em multas foram referentes a infrações cometidas na Amazônia mato-grossense. O Cerrado respondeu por R$ 104,14 milhões e o Pantanal por R$ 22,75 milhões.
Entre os principais crimes ambientais identificados estão o impedimento da regeneração natural da vegetação, que gerou R$ 368,5 milhões em multas, e o desmatamento ilegal, com R$ 352 milhões. Também foram aplicadas penalidades por funcionamento de atividades sem licença (R$ 205,7 milhões), exploração seletiva de madeira (R$ 109,8 milhões) e descumprimento de embargos (R$ 97,5 milhões).
As ações são baseadas no monitoramento contínuo da cobertura vegetal por satélite, com imagens atualizadas semanalmente pela plataforma Planet e um sistema automatizado de geração de alertas de desmatamento. Quando uma supressão de vegetação é detectada, a Sema entra em contato com os responsáveis pela área para que a atividade seja imediatamente interrompida, sob pena de responsabilização administrativa, civil e criminal.
Coordenada pela Sema, a Operação Amazônia reúne órgãos estaduais e federais e combina o uso de tecnologia com ações de campo. Além das multas, o trabalho inclui embargo de áreas, apreensão e remoção de maquinário e outras medidas para responsabilizar os infratores e conter o avanço do desmatamento no estado.
