Decisão unânime do Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso reforça rigor no combate a irregularidades no Judiciário.
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) decidiu, por unanimidade, manter o afastamento por tempo indeterminado dos juízes Mirko Vincenzo Giannotte, titular da Vara Especializada da Fazenda Pública de Sinop, e Silvia Renata Anffe, que atuava na 2ª Vara Cível de Sorriso. A decisão, proferida nesta quinta-feira (27), baseia-se em suspeitas de corrupção.
A medida reflete uma postura mais rigorosa da atual gestão do TJMT no controle interno e na apuração de irregularidades. Em 2025, a Corregedoria Geral do Poder Judiciário já afastou cinco magistrados de suas funções para investigações de natureza administrativa e disciplinar.
Além de Giannotte e Anffe, foram afastados os juízes Anderson Candiotto e Tatiana dos Santos Batista. O magistrado Renato José de Almeida Costa Filho também foi afastado, mas já retornou às suas atividades.
As investigações apontam que a juíza Silvia Renata Anffe teria movimentado mais de R$ 10 milhões em três anos na compra de artigos de luxo, como joias, sapatos e bolsas. As aquisições, realizadas em seu próprio CPF, foram apuradas pela Corregedoria Geral do Poder Judiciário em conjunto com a Secretaria de Estado de Fazenda.
O endurecimento das medidas disciplinares, segundo o Tribunal, visa reforçar o compromisso com a transparência e a moralidade administrativa, princípios considerados fundamentais para a credibilidade do Poder Judiciário perante a sociedade mato-grossense.
