PM que enforcou adolescente já foi denunciado por agredir idoso

O policial militar Rennan Albuquerque de Melo, de 33 anos, flagrado por câmeras enforcando e agredindo um adolescente de 15 anos, dentro de um condomínio em Cuiabá, já possuía um histórico de violência.

Em março de 2024, o mesmo agente foi denunciado por agredir um idoso de 60 anos, após invadir a casa da vítima, no bairro Goiabeiras.

Na época, o policial, que faz parte do Serviço de Inteligência da PM, alegou que estava investigando uma denúncia de tráfico de drogas e que o músico Lourival Valério de Farias, morador da casa vizinha ao suposto local investigado, estaria atrapalhando as operações. 

O idoso tentou impedir a entrada do agente na residência e acabou sendo agredido com socos e empurrões. A neta da vítima filmou a ação, que mostrou o PM agindo com truculência contra o idoso e uma jovem que estava na casa. Veja abaixo:

O caso foi denunciado na Corregedoria da PM e no Ministério Público, mas até o momento não houve informações sobre eventuais punições ao militar.

Nova agressão dentro de condomínio

A nova denúncia contra o mesmo policial aconteceu nessa quinta-feira (30), quando câmeras de segurança registraram Albuquerque enforcando e desferindo socos contra um adolescente dentro do condomínio onde ambos moram.

O militar alegava que seu carro havia sido riscado e exigia que o jovem apontasse o responsável. Câmeras de segurança flagraram a agressão. Veja o vídeo abaixo.

Segundo o pai do adolescente, amigos da vítima o alertaram sobre a agressão e, ao chegar no local, ele encontrou o PM segurando seu filho pelo pescoço. Além da violência física, Albuquerque ainda teria ameaçado buscar uma arma para confrontar a família da vítima.

A família do adolescente formalizou denúncia na Corregedoria da PM e cobra uma investigação rigorosa contra o agente.

Em nota, a Assessoria de Comunicação da Polícia Militar informou que o agente foi afastado e um Procedimento Administrativo foi instaurado para investigar o caso.

Entretanto, a Corregedoria da Polícia Militar disse não haver afastamento imediato do militar. O caso deve ser analisado e pode resultar numa advertência afastamento, ou até expulsão da corporação.